terça-feira, 6 de dezembro de 2011

CACHAÇA MINEIRA É ACUSADA DE PLÁGIO POR FABRICANTE DE UÍSQUE ESCOCÊS

A Diageo Brands, holding detentora do uísque Johnnie Walker, ingressou com um processo administrativo de nulidade perante o INPI solicitando que seja cancelado o registro da marca João Andante, utilizada por uma cachaça mineira. A multinacional holandesa alega que a marca da pinga é originária da tradução da sua marca Johnnie Walker.

O imbróglio envolvendo a aguardente e o uísque iniciou-se em 7 de fevereiro, no último dos 180 dias previstos para que fossem apresentados recursos contra a certificação do produto mineiro. Às vésperas do fim do prazo de contestação, representantes da holding no Brasil encaminharam notificação extrajudicial dando cinco dias para que os fabricante mineiro retirasse o pedido de certificação. O documento surpreendeu os sócios e criadores da pinga, já que o produto já contava com certificado de registro expedido pelo INPI.

Se por um lado o procurador da Diageo apresenta como argumento a história de quase dois séculos do uísque, as supostas semelhanças entre as duas marcas e duas citações da internet que associam o produto mineiro ao destilado escocês, os proprietários da cachaça se defendem das acusações dizendo que não copiaram a marca da Johnnie Walker e apenas "inspiraram-se" no produto. Argumentam também que a embalagem da bebida é marrom e redonda, diferentemente do famoso uísque, embalado em caixa quadrada e vermelha.

Consta também na manifestação dos fabricantes da aguardente que o nome da pinga não seria uma tradução literal do uísque, uma vez que “Walker” é o sobrenome da família criadora do destilado no século 19, enquanto Andante seria uma referência a um andarilho errante. Alegam ainda que a tradução de Johnnie seria Joãozinho e não João, escolhido também por ser um dos nomes mais populares do Brasil.

fonte: Migalhas

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